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Histórias de mães III

Histórias de mães III

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2 minutos de leitura

Dezenas de mães compartilharam conosco histórias vividas com seus filhos e filhas nos hospitais Brasil afora. Histórias reais, tocantes, sensíveis, inspiradoras. A vida como ela é. Agradecemos pela coragem!  

+ veja aqui as primeiras histórias

Tatiane Ramos e Fernando

Quando estava grávida de seis meses do meu filho Fernando, fui atropelada e fiquei em coma. Os médicos disseram que ele tinha 90% de chance de nascer com sequelas devido à pancada, e perguntaram se eu queria fazer exames para detectar alguma sequela cerebral.

Não fiz exames porque independente da saúde dele eu cuidaria e o amaria de qualquer jeito! Apesar de tudo que poderia dar errado, ele nasceu perfeito! Com seis meses, pegou uma infecção e quase perdeu a perna, ficou uma semana internado e foram longos dias vendo o sofrimento dele. Hoje ele é esse rapaz lindo de 14 anos, com uma saúde de ferro!

Fui diagnosticada recentemente e estou fazendo radioterapia! Ele quem cuida de mim junto com a irmã. Já fui voluntária em hospitais e sei como e bom levar alegria às pessoas! Luto para ter minha vida de volta, e poder fazer novamente a diferença! #amor #esperança #alegria

Tatiane Ramos

Obrigada pelo carinho e dedicação que vocês nos dedicam! Quando vejo um palhaço, vejo mais humanidade, vejo a solidariedade por trás da maquiagem, pois somente quem traz alegria e felicidade conhece o que é amor de verdade!

Fernanda de Paula Silva e Mariana – São Paulo

Fernanda SilvaEm janeiro de 2010, quando tinha apenas dois anos e meio, começamos a notar que havia algo errado com nossa filha Mariana. Ela não brincava, só chorava, dizia que estava triste e cansada… Íamos ao parque, à praça e à piscina, mas nada estava bom. Levamos ao médico diversas vezes, mas eles diziam que era o jeito dela, pois clinicamente estava bem.

Até que um dia, ao buscá-la na escola, a professora me informou que, ao descer uma escada, a perna da Mariana tremeu e fraquejou. Uma luz vermelha acendeu em meu coração de mãe. Levei-a correndo ao hospital e pedi exames. Nada. Disseram que era uma virose e que eu observasse. Observei e, no dia seguinte ela piorou. Não levantava do sofá. Estava prostrada!

Corri para o Hospital Sírio Libanês e disse que não sairia de lá sem um diagnóstico preciso. Fizeram uma tomografia e aí veio a notícia: Mariana tinha um tumor cerebral de 6 cm de diâmetro. Um ependimoblastoma entre os quatro ventrículos! Nosso mundo caiu!

Foi internada e dois dias depois passou por uma cirurgia de nove horas de duração para retirada de um pedaço do tumor para biópsia. Gravíssimo! Grau 4! Chance mínima de responder ao tratamento. Após uma semana, outra cirurgia para tentarem retirar o máximo possível do tumor. Mais nove horas de terror! Tiraram 90%. Após doze dias de muito sofrimento na UTI, fomos para o quarto e alguns dias depois iniciou-se a quimioterapia. Quinze dias sem comer, nem beber absolutamente nada! Desidratação e desnutrição… Foram dez sessões de quimio. Diversas internações por infecções e muitas transfusões de sangue.

Nesse meio tempo, os médicos decidiram que era necessário fazer radioterapia. Esperaram ela fazer três anos, pois a rádio só é indicada a partir dos sete, mas tinham que fazer! Foram 45 sessões de rádio no crânio e na coluna. Anestesia geral todos os dias, exceto aos domingos.

Após dois anos de todos esses tratamentos, o tumor havia sumido. Atualmente ela faz acompanhamento com diversos médicos, mas as sequelas são mínimas, diante de tudo isso. Os médicos até hoje choram quando a veem, pois acreditam que ela é um milagre mesmo.

Foram dias terríveis de muita dor e sofrimento, mas sempre tive a certeza de que ela sairia viva e saudável dessa. Nunca, em nenhum momento duvidei disso! Hoje ela é uma criança linda e especialmente saudável!

Vivian Farias e Felipe – São Paulo

Engravidei do Felipe em abril de 2012. Fiz meu pré-natal, ultrassom, tudo certo. Em janeiro de 2013 ele nasceu, de parto normal, pesando 3,45 kg e com 49 cm. Vivian Farias

Assim que ele nasceu, a enfermeira disse que seu ânus estava imperfurado – coisa que acontece com um bebê a cada 5 mil. Eu não entendi nada pois não sabia que o significava aquilo! Descobri que ele não tinha o orifício para evacuar. No dia seguinte o cirurgião precisaria avaliá-lo. No sábado pela manhã, o médico nos disse que ele passaria por uma colostomia. Foi muito doloroso para todos nós. Além de ser uma cirurgia forte, o Felipe tinha apenas dois dias de vida. O meu sonho de sair logo com ele do hospital, nos meus braços, ali ficava.

Tudo certo após a primeira cirurgia. Felipe foi direto para UTI para o acompanhamento. Quando tinha cinco dias, eu pude pela primeira vez pegá-lo em meus braços, e foi muito emocionante. Com sete dias, ele teve alta, e enfim fomos para casa.

Ali começava nossa luta pelas bolsas de colostomia, que não eram baratas. Descobri um hospital chamado Darcy Vargas que fornecia as bolsas gratuitamente. Íamos todo mês buscá-las. Com 11 meses, Felipe realizou sua segunda cirurgia, a da abertura do ânus, e passamos mais sete dias no hospital. Graças a Deus, ele foi se recuperando. A partir daí, tínhamos que ir uma vez por semana ao hospital para estimular o ânus, ou seja, fazer dilatações. Era horrível, muito doloroso, mas necessário. Enfim mais alguns meses se passaram, e com um ano e quatro meses, foi marcada a cirurgia do fechamento da colostomia, para que ele pudesse evacuar normal, que alegria! No dia 23 de abril de 2014, Felipe internou e começou o jejum. No dia seguinte, sem a mamadeira. Até que no dia 25 só podia ingerir água, o que foi muito difícil, pois imagine ter que controlar a fome de um bebê!

No dia 26 a cirurgia foi realizada, e mais uma vez deu tudo deu certo. No dia seguinte, o Felipe pôde finalmente tomar sua mamadeira, muita emoção! Ficamos no hospital até o dia 30 de abril, e tudo caminhou certo. Hoje, com dois anos e 3 meses, completou um mês da sua última cirurgia. Tenham fé que tudo dará certo!

Feliz Dia das Mães! <3

+ Você sabia?

Doutores da Alegria atua em hospitais públicos há 23 anos e precisa de doações para manter seu trabalho junto a crianças hospitalizadas, seus familiares e profissionais de saúde. Faça parte desta causa, doe aqui: www.doutoresdaalegria.org.br/colabore.

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cultura e da saúde e inspirando políticas públicas universais e democráticas para o desenvolvimento social sustentável”


II –
Esta política de privacidade, foi elaborada nos termos da Lei no 13.709, de 14 de agosto de 2018 e tem por objetivo a proteção dos dados pessoais que são coletados e gerados quando você se relaciona de alguma forma com a associação DOUTORES DA ALEGRIA. Além disso, explica como seus dados pessoais são usados, compartilhados e protegidos, quais opções você tem em relação aos seus dados
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Dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de
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Armazenamento: Ação ou resultado de manter ou conservar em repositório um dado;

Arquivamento: Ato ou efeito de manter registrado um dado embora já tenha perdido a validade ou esgotado a sua vigência;

Avaliação: Analisar o dado com o objetivo de produzir informação;

Coleta: Recolhimento de dados com finalidade específica;

Controle: Ação ou poder de regular, determinar ou monitorar as ações sobre o dado;

Difusão: Ato ou efeito de divulgação, propagação, multiplicação dos dados;

Distribuição: Ato ou efeito de dispor de dados de acordo com algum critério estabelecido;

Eliminação: Ato ou efeito de excluir ou destruir dado do repositório;

Extração: Ato de copiar ou retirar dados do repositório em que se encontrava;

Processamento: Ato ou efeito de processar dados visando organizá-los para
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Produção: Criação de bens e de serviços a partir do tratamento de dados;

Recepção: Ato de receber os dados ao final da transmissão;

Reprodução: Cópia de dado preexistente obtido por meio de qualquer processo;

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Acesso
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9. Aperfeiçoamento da Política de Provacidade

A associação Doutores da Alegria compromete-se a periodicamente revisar e
aperfeiçoar a presente política, além de dar ampla visibilidade a este documento,
mediante a publicação do mesmo no site da organização.

10.Base legal utilizada

Esta Política de Privacidade foi baseada na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei no 13.709/2018 e orientações do Guia de Boas Práticas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais realizado pelo Governo Federal.

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Dúvidas a respeito da aplicação desta Política e da adequação de qualquer conduta relativa a dados pessoais deverão ser enviadas para o e-mail
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