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Como vim parar aqui?!

Como vim parar aqui?!

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2 minutos de leitura

Depois de 20 anos atuando no Doutores da Alegria resolvi parar, olhar para trás e fazer uma retrospectiva artística. Senta que lá vem história!

pai-aços(na foto: Raul Figueiredo e seu filho João Gabriel)

VINDO DO INTERIOR

Venho de uma família religiosa que trabalhou por muitos anos como voluntária em uma associação que atendia cerca de 150 mulheres em condições de vulnerabilidade social na minha cidade natal, Catanduva, interior do Estado de São Paulo. 

Toda semana, minha mãe ensinava às moças como se deve cuidar de uma casa, dava noções de higiene, dicas sobre alimentação, aulas de bordado e crochê. Meu pai também ajudava, em um domingo por mês, conversando com os maridos das mulheres e regularizando sua situação. Muitos deles eram desempregados, ex-presidiários, sem carteira de trabalho, título de eleitor ou certificado de reservista. 

Aos sábados percorríamos as ruas do bairro recolhendo jornais pela vizinhança, que depois eram estocados na garagem da minha casa para serem vendidos aos comerciantes e feirantes. Esse dinheiro era usado para a manutenção do trabalho voluntário da instituição e para minha mãe comprar tecidos e costurar pijaminhas para as crianças, filhos dos casais assistidos por eles. 

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Vivi essa realidade dos 10 aos 16 anos e sempre que estava de férias ou em casa sem tarefas da escola, ia com a minha mãe à associação e ficava tocando violão para as crianças na creche. Também fui tocar violão em asilos com meus pais e isso foi inspirador para mim. Sempre pensei em fazer o mesmo quando crescesse!

POR QUE RESOLVI SER PALHAÇO

Depois de passar pela música (piano e violão), pelo canto e pelas Artes Cênicas (ator), vi no palhaço a possibilidade de abraçar todas as Artes, pois o palhaço é tragicômico, melodramático, nonsense, lúdico e exige muita habilidade física e mental. Exercitar-se como palhaço é reconhecer-se a cada dia, ampliando os horizontes da imaginação, deixando o impossível cada vez mais possível.

Pergunto-me: será que dava para ser outra coisa?

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CHEGANDO A SÃO PAULO

Em 1992 terminei o curso de Artes Cênicas na UNICAMP e vim morar em São Paulo. Comecei a atuar em algumas companhias paulistanas de teatro e conheci o trabalho dos Doutores da Alegria em 1995 por meio da atriz Alexandra Golik, que atuava comigo e já fazia parte do elenco. 

Nesse mesmo ano fiz teste e fui selecionado para entrar na ONG

NO DOUTORES DA ALEGRIA

Atuei por 11 anos como o besteirologista Dr. Zappata Lambada em todos os hospitais que o programa atende e atendeu em São Paulo, e também em outras unidades da ONG.

Estive nas montagens de espetáculos infantis (“Vamos brincar de médico” e “Senhor Dodói”), ambos premiados e com excelentes críticas e aceitação do público, e atuei como músico substituto no infantil “Poemas esparadrápicos”, produzido pelo elenco da unidade de Recife.

Também estive em outras apresentações como o saudoso “Midnight Clowns”. Em empresas, participei de muitas palestras institucionais, inúmeros RISOs 9000 e outras ações. 

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Durante esse período de atuação comecei a dar algumas oficinas de música e jogos para o elenco de palhaços, em nossos treinamentos às sextas-feiras. Essa experiência rendeu um convite para integrar a equipe de formação da organização. Desde 2007 dou aula na Escola dos Doutores da Alegria, mas lá em 1999 eu já ajudava na construção de conteúdo. 

Atualmente sou professor de música no segundo ano do Programa de Formação de Palhaço para Jovens e auxilio na criação da trilha sonora do exercício cênico. 

Foi em 2007 que também criamos o programa Palhaços em Rede, do qual sou tutor desde o seu início. Nessa função tive o prazer de viajar pelos quatro cantos do país dando oficinas de orientação e formação para grupos de palhaços com diferentes formas de atuação que visitam hospitais. 

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Trocamos ricas experiências em nome de um movimento: a arte estimulando a mudança, promovendo a qualidade das relações humanas e cultivando a saúde.

Quase 21 anos… Doutores da Alegria é uma parte de mim. E já que vim parar aqui, daqui não saio, daqui ninguém me tira!

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Politica de privacidade

LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD

Considerando que:

I – DOUTORES DA ALEGRIA é uma associação civil sem fins lucrativos, e tem como propósito “intervir na sociedade propondo a arte como ‘mínimo social’ para crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social, privilegiando hospitais públicos e ambientes adversos, tendo a linguagem do palhaço como referência. A partir desta intervenção, ampliar canais de diálogos reflexivos com a sociedade, compartilhando o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas, contribuindo para a promoção da
cultura e da saúde e inspirando políticas públicas universais e democráticas para o desenvolvimento social sustentável”


II –
Esta política de privacidade, foi elaborada nos termos da Lei no 13.709, de 14 de agosto de 2018 e tem por objetivo a proteção dos dados pessoais que são coletados e gerados quando você se relaciona de alguma forma com a associação DOUTORES DA ALEGRIA. Além disso, explica como seus dados pessoais são usados, compartilhados e protegidos, quais opções você tem em relação aos seus dados
pessoais e como você pode nos contatar.

1. A quem se aplica?

Se você está lendo este documento, esta política se aplica a você. As orientações
mencionadas se aplicam aos dados coletados de parceiros, doadores, alunos,
prestadores de serviços, associados, fornecedores, sócios da alegria, público em
geral, diretores, conselheiros, consultores, empregados da associação DOUTORES
DA ALEGRIA.

2. Definições e termos:

Alguns termos que irão ajudar você a entender todas as orientações desta política:

Tipos de dados:

Dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável;

Dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso,
filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou
biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;

Dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de
seu tratamento;

Banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou
em vários locais, em suporte eletrônico ou físico;

Titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de
tratamento;

Uso dos dados

Acesso: Ato de ingressar, transitar, conhecer ou consultar a informação, bem como possibilidade de usar os ativos de informação de um órgão ou entidade, observada eventual restrição que se aplique;

Armazenamento: Ação ou resultado de manter ou conservar em repositório um dado;

Arquivamento: Ato ou efeito de manter registrado um dado embora já tenha perdido a validade ou esgotado a sua vigência;

Avaliação: Analisar o dado com o objetivo de produzir informação;

Coleta: Recolhimento de dados com finalidade específica;

Controle: Ação ou poder de regular, determinar ou monitorar as ações sobre o dado;

Difusão: Ato ou efeito de divulgação, propagação, multiplicação dos dados;

Distribuição: Ato ou efeito de dispor de dados de acordo com algum critério estabelecido;

Eliminação: Ato ou efeito de excluir ou destruir dado do repositório;

Extração: Ato de copiar ou retirar dados do repositório em que se encontrava;

Processamento: Ato ou efeito de processar dados visando organizá-los para
obtenção de um resultado determinado;

Produção: Criação de bens e de serviços a partir do tratamento de dados;

Recepção: Ato de receber os dados ao final da transmissão;

Reprodução: Cópia de dado preexistente obtido por meio de qualquer processo;

Transferência: Mudança de dados de uma área de armazenamento para outra, ou
para terceiro;

Transmissão: Movimentação de dados entre dois pontos por meio de dispositivos
elétricos, eletrônicos, telegráficos, telefônicos, radioelétricos, pneumáticos, etc.;

Utilização: Ato ou efeito do aproveitamento dos dados.

3. Princípios Gerais sobre o tratamento de dados pessoais adotados pela associação DOUTORES DA ALEGRIA:

•  Os titulares de dados pessoais sempre serão informados sobre quais dados
serão coletados e sua finalidade;
•  Os dados pessoais serão utilizados somente mediante autorização formal
de seus titulares;
•  Somente serão solicitados os dados pessoais de principal relevância para
o projeto previamente estabelecido e limitados a ele;
•  Os dados pessoais serão mantidos corretos e atualizados pelo período
necessário de acordo com sua finalidade;
•  O banco de dados pessoais será mantido em local protegido e seguindo os
mais rigorosos protocolos de segurança;
•  A identidade dos titulares de dados será preservada, principalmente
tratando-se de dados sensíveis;
•  Os titulares de dados pessoais podem a qualquer momento solicitar a
correção, atualização ou exclusão de seus dados da nossa base.

4. Quem é o responsável pelo tratamento de seus dados?

A associação DOUTORES DA ALEGRIA é a responsável legal pelo armazenamento
e eventual tratamento, bem como pela segurança de todos os dados coletados.

Mesmo em projetos e ações que sejam viabilizados em cooperação ou parceria com outras organizações e empresas, nos quais a responsabilidade pode ser dividida, os princípios gerais desta política são mantidos.

5. Quais dados coletamos e por quais motivos?

Coletamos, processamos e arquivamos as seguintes categorias de Dados Pessoais
sobre você:

6. Como armazenamos e quem tem acesso aos seus dados? Armazenamento

Seus dados pessoais (incluindo dados sensíveis) são armazenados seguindo
as medidas de segurança apropriadas para impedir que suas informações sejam
acessadas ou processadas para fins que não estejam de acordo com nossas práticas de inclusão e diversidade.

Acesso
Os bancos de dados utilizados para armazenamento possuem acesso restrito aos nossas trabalhadores e empregados e /ou parceiros que tenham um motivo legítimo e justificável para acesso e/ou tratamento de seus dados pessoais.

7. Por quanto tempo mantemos seus dados pessoais?

Suas informações pessoais serão mantidas pelo tempo que for necessário para
cumprir as finalidades estabelecidas nesta política de privacidade (a menos que um período de conservação mais longo seja exigido pela lei aplicável).

8. Quais são seus direitos em relação aos dados pessoais?

Quando necessário você receberá um documento de consentimento da associação DOUTORES DA ALEGRIA, se estiver de acordo, deve assinar ou autorizar virtualmente.
Além disso, você tem os seguintes direitos em relação aos seus dados pessoais:

9. Aperfeiçoamento da Política de Provacidade

A associação Doutores da Alegria compromete-se a periodicamente revisar e
aperfeiçoar a presente política, além de dar ampla visibilidade a este documento,
mediante a publicação do mesmo no site da organização.

10.Base legal utilizada

Esta Política de Privacidade foi baseada na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei no 13.709/2018 e orientações do Guia de Boas Práticas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais realizado pelo Governo Federal.

11.Outras Informações

Dúvidas a respeito da aplicação desta Política e da adequação de qualquer conduta relativa a dados pessoais deverão ser enviadas para o e-mail
doutores@doutoresdaalegria.org.br

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