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Histórias de mães II

Histórias de mães II

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2 minutos de leitura

Dezenas de mães compartilharam conosco histórias vividas com seus filhos e filhas nos hospitais Brasil afora. Histórias reais, tocantes, sensíveis, inspiradoras. A vida como ela é. Agradecemos pela coragem!  

+ veja aqui as primeiras histórias

Vivian Fernandes Barbosa e Helena

Vivian Fernandes Barbosa

Julho de 2014, um simples exame de rotina mudaria nossos dias. Ouvir do oncologista que a Heleninha, minha tão sonhada filha no auge dos seus 5 aninhos, apresentava exames que mostravam um quadro terminal, um tumor na suprarrenal e nódulos no pulmão, não foi nada fácil.

Internação, um “mundo” de exames, anestesias, cirurgias… Meses depois, ouvir do mesmo médico: “exame normal, pode comemorar!” Felizmente, não tenho muita explicação, só posso dizer que passamos, todos nós, por um milagre! Somente a fé, o amor e a esperança para superar tantos conflitos – físicos, financeiros e emocionais – que uma doença traz.

Amo ainda mais a Deus, pois Ele ouviu meu clamor, meu choro, meu grito e enxugou cada lágrima colocando pessoas tão especiais (família, amigos, médicos, enfermeiros, contadores de histórias e muitos, muitos outros) nesta corrente pela vida da minha filha.

Neste ano o Dia das Mães tem um sabor ainda mais especial! Te amo Deus pai, te amo filha Helena.

Rosamary Ribeiro e Roberta – Pernambuco

Nossas experiências ruins tiveram início em janeiro de 1983, quando Roberta, minha filha, contava dois anos e três meses de idade e estávamos morando em Tabira, interior de Pernambuco.

Tudo começou com uma rouquidão. Viemos a Recife levar Roberta ao pediatra, que indicou a avaliação de um otorrino. Em sua avaliação, durante a 1ª cirurgia, avisou que o problema poderia retornar… Três meses depois, mais uma cirurgia. Na 3ª cirurgia, estando Roberta respirando por um tubo, sofreu a 1ª parada cardíaca – durante a reanimação, “minha galega” perdeu os dois dentinhos da frente – e ainda ocorreu uma lesão na garganta, deixando sua voz baixa e rouquinha… Nunca mais voltou ao normal.

Tentávamos tudo que nos ensinavam: chá, benzedeira, tratamento espiritual e até outros profissionais da área para saber mais alguma coisa sobre esse problema. Tudo parecia sempre mais complicado. Três meses depois, nova cirurgia… A quarta, e nesta tivemos a confirmação de que a doença não seria tratada com poucas cirurgias, seriam necessários mais alguns tantos procedimentos.

Na 5ª cirurgia, um grande susto. O médico saiu da sala de cirurgia comunicando que havia acontecido uma intercorrência – Roberta havia sofrido outra parada cardíaca e todos os esforços estavam sendo feitos para trazê-la de volta… O desespero nos tomou conta! O pai esmurrava as paredes desesperado e inconsolado; a avó havia desmaiado de tanta angústia; e eu, num momento de sofrimento insuportável, abri a bolsa e peguei o Novo Testamento, que sempre tinha comigo. Antes de abrir, aleatoriamente, orei a Jesus dizendo: “Senhor, quero muito que minha filha fique comigo, mas para ela ser feliz, se for de tua vontade permite que os médicos consigam reanimá-la.” Abri o livro e a página trazia a passagem da ressurreição de Lázaro. Senti que Deus respondia às minhas preces!

O médico então voltou, Roberta estava viva. Depois de um período de observação, minha galega foi então levada ao quarto… Molinha, por ainda outros três dias, podíamos ver em seu corpinho as marcas das tantas tentativas de reanimação, a pele branquinha mostrava marcas no tronco, braços e coxas.

Algum tempo depois pudemos conhecer a médica otorrino que acompanha Roberta até hoje (mais de 30 anos depois). A rotina de cirurgias programadas estava começando: primeiro a cada 3 meses, depois a cada 2 meses, mensalmente e então, todas as semanas. Aos nove anos Roberta totalizava 24 cirurgias, havia usado tubos na garganta para respirar duas vezes por longos períodos, mas o problema da laringe havia sanado.

Rosamary Ribeiro

Outros sustos menores ainda vieram, outras cirurgias para extrações e implantes dentários, apendicite, pedras na vesícula, dedo quebrado… E hoje, Roberta já foi submetida a mais de 40 cirurgias. Em 2004, minha filha então se formou em Enfermagem. Atuando em alguns hospitais, não se conformando em certas situações, e ansiosa em ajudar ainda mais os pacientes, em 2006, fez novo vestibular e formou-se em Medicina em julho de 2013.

Feliz Dia das Mães! <3 Em breve mais histórias.

+ Você sabia?

Doutores da Alegria atua em hospitais públicos há 23 anos e precisa de doações para manter seu trabalho junto a crianças hospitalizadas, seus familiares e profissionais de saúde. Faça parte desta causa, doe aqui: www.doutoresdaalegria.org.br/colabore.

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LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD

Considerando que:

I – DOUTORES DA ALEGRIA é uma associação civil sem fins lucrativos, e tem como propósito “intervir na sociedade propondo a arte como ‘mínimo social’ para crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social, privilegiando hospitais públicos e ambientes adversos, tendo a linguagem do palhaço como referência. A partir desta intervenção, ampliar canais de diálogos reflexivos com a sociedade, compartilhando o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas, contribuindo para a promoção da
cultura e da saúde e inspirando políticas públicas universais e democráticas para o desenvolvimento social sustentável”


II –
Esta política de privacidade, foi elaborada nos termos da Lei no 13.709, de 14 de agosto de 2018 e tem por objetivo a proteção dos dados pessoais que são coletados e gerados quando você se relaciona de alguma forma com a associação DOUTORES DA ALEGRIA. Além disso, explica como seus dados pessoais são usados, compartilhados e protegidos, quais opções você tem em relação aos seus dados
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Alguns termos que irão ajudar você a entender todas as orientações desta política:

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filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou
biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;

Dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de
seu tratamento;

Banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou
em vários locais, em suporte eletrônico ou físico;

Titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de
tratamento;

Uso dos dados

Acesso: Ato de ingressar, transitar, conhecer ou consultar a informação, bem como possibilidade de usar os ativos de informação de um órgão ou entidade, observada eventual restrição que se aplique;

Armazenamento: Ação ou resultado de manter ou conservar em repositório um dado;

Arquivamento: Ato ou efeito de manter registrado um dado embora já tenha perdido a validade ou esgotado a sua vigência;

Avaliação: Analisar o dado com o objetivo de produzir informação;

Coleta: Recolhimento de dados com finalidade específica;

Controle: Ação ou poder de regular, determinar ou monitorar as ações sobre o dado;

Difusão: Ato ou efeito de divulgação, propagação, multiplicação dos dados;

Distribuição: Ato ou efeito de dispor de dados de acordo com algum critério estabelecido;

Eliminação: Ato ou efeito de excluir ou destruir dado do repositório;

Extração: Ato de copiar ou retirar dados do repositório em que se encontrava;

Processamento: Ato ou efeito de processar dados visando organizá-los para
obtenção de um resultado determinado;

Produção: Criação de bens e de serviços a partir do tratamento de dados;

Recepção: Ato de receber os dados ao final da transmissão;

Reprodução: Cópia de dado preexistente obtido por meio de qualquer processo;

Transferência: Mudança de dados de uma área de armazenamento para outra, ou
para terceiro;

Transmissão: Movimentação de dados entre dois pontos por meio de dispositivos
elétricos, eletrônicos, telegráficos, telefônicos, radioelétricos, pneumáticos, etc.;

Utilização: Ato ou efeito do aproveitamento dos dados.

3. Princípios Gerais sobre o tratamento de dados pessoais adotados pela associação DOUTORES DA ALEGRIA:

•  Os titulares de dados pessoais sempre serão informados sobre quais dados
serão coletados e sua finalidade;
•  Os dados pessoais serão utilizados somente mediante autorização formal
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•  Somente serão solicitados os dados pessoais de principal relevância para
o projeto previamente estabelecido e limitados a ele;
•  Os dados pessoais serão mantidos corretos e atualizados pelo período
necessário de acordo com sua finalidade;
•  O banco de dados pessoais será mantido em local protegido e seguindo os
mais rigorosos protocolos de segurança;
•  A identidade dos titulares de dados será preservada, principalmente
tratando-se de dados sensíveis;
•  Os titulares de dados pessoais podem a qualquer momento solicitar a
correção, atualização ou exclusão de seus dados da nossa base.

4. Quem é o responsável pelo tratamento de seus dados?

A associação DOUTORES DA ALEGRIA é a responsável legal pelo armazenamento
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Mesmo em projetos e ações que sejam viabilizados em cooperação ou parceria com outras organizações e empresas, nos quais a responsabilidade pode ser dividida, os princípios gerais desta política são mantidos.

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Coletamos, processamos e arquivamos as seguintes categorias de Dados Pessoais
sobre você:

6. Como armazenamos e quem tem acesso aos seus dados? Armazenamento

Seus dados pessoais (incluindo dados sensíveis) são armazenados seguindo
as medidas de segurança apropriadas para impedir que suas informações sejam
acessadas ou processadas para fins que não estejam de acordo com nossas práticas de inclusão e diversidade.

Acesso
Os bancos de dados utilizados para armazenamento possuem acesso restrito aos nossas trabalhadores e empregados e /ou parceiros que tenham um motivo legítimo e justificável para acesso e/ou tratamento de seus dados pessoais.

7. Por quanto tempo mantemos seus dados pessoais?

Suas informações pessoais serão mantidas pelo tempo que for necessário para
cumprir as finalidades estabelecidas nesta política de privacidade (a menos que um período de conservação mais longo seja exigido pela lei aplicável).

8. Quais são seus direitos em relação aos dados pessoais?

Quando necessário você receberá um documento de consentimento da associação DOUTORES DA ALEGRIA, se estiver de acordo, deve assinar ou autorizar virtualmente.
Além disso, você tem os seguintes direitos em relação aos seus dados pessoais:

9. Aperfeiçoamento da Política de Provacidade

A associação Doutores da Alegria compromete-se a periodicamente revisar e
aperfeiçoar a presente política, além de dar ampla visibilidade a este documento,
mediante a publicação do mesmo no site da organização.

10.Base legal utilizada

Esta Política de Privacidade foi baseada na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei no 13.709/2018 e orientações do Guia de Boas Práticas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais realizado pelo Governo Federal.

11.Outras Informações

Dúvidas a respeito da aplicação desta Política e da adequação de qualquer conduta relativa a dados pessoais deverão ser enviadas para o e-mail
doutores@doutoresdaalegria.org.br

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