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Por que tanta gente quer ser Doutor da Alegria no começo do ano?

Por que tanta gente quer ser Doutor da Alegria no começo do ano?

admin

2 minutos de leitura

Entra ano, sai ano, nossas caixas de mensagem lotam com as perguntas “Como eu faço pra ser um Doutor da Alegria?”, “Como ser voluntário?”, “Como participar”, “Que curso eu faço pra ser palhaço?”, entre outras variações. Atire a primeira pedra se você não chegou a este texto motivado por estas respostas.

Antes de mais nada, fique sabendo: a associação Doutores da Alegria não atua com voluntários.

Desde o início, em 1991, escolhemos contratar somente artistas profissionais. Remunerados. Profissionais das Artes Cênicas que visitam hospitais duas vezes por semana. Treinam todas as sextas-feiras. E ensaiam espetáculos, dão aulas, entre outras atividades dentro dos projetos.

A gente enxerga esse trabalho como uma escolha profissional e de vida – o palco desses artistas é, em grande parte do tempo, o hospital.

 

Daí que a gente começou a se questionar: por que tanta gente quer ser palhaço no começo do ano? Faz parte de alguma resolução de ano novo? É promessa?

A investigação nos levou a algumas hipóteses. Responda, se puder, aqui nos comentários e nos ajude a comprovar (ou não!) essas hipóteses. E, calma, calma! Eu prometo que vou responder a estas perguntas todas também. Vamos lá:

Hipótese 1: Você quer começar o ano fazendo algo positivo

Fazer um trabalho voluntário aparece ao lado de outras metas consideradas positivas na listinha de começo de ano. Alimentar-se melhor, fazer um curso, guardar dinheiro, viajar e… Ser voluntário! Em nossa cultura, também é visto como algo “do bem”, como um propósito, que é algo que vem sendo muito difundido e valorizado nos últimos anos. Pelo bem da humanidade!

A parte ruim da listinha é que muitas pessoas começam uma ação no hospital e, pouco tempo depois, a abandonam. Um trabalho voluntário minimamente qualificado requer comprometimento, dedicação e treino. Muitos grupos reclamam pra gente que seus voluntários somem, não comparecem aos treinos e discussões e que, por conta disso, não conseguem fazer um trabalho permanente junto aos hospitais. Ir só pra tirar selfie não vale, né?

Hipótese 2: Você passou por uma experiência recente impactante (uma doença, o nascimento de um filho, o falecimento de alguém querido) e quer fazer algo com o sentimento que ficou

Transformar um vazio, uma saudade ou alegria em uma ação concreta é algo que nos aproxima do palhaço. Como se fazer uma visita a alguém hospitalizado fosse uma forma de retribuir ou de compensar algo pelo qual você passou.

Talvez você tenha passado por um apuro grande com um parente hospitalizado ou tenha uma grande afeição por crianças depois que seu filho nasceu. Então você pensa que poderia oferecer seu tempo para pessoas que estão num momento difícil.

A gente entende essa escolha e sabe bem da potência dos afetos – inclusive, esses afetos alimentam o palhaço! O que também acontece é que, com o passar do tempo, a potência diminui e você descobre que já lidou com esses sentimentos de outra forma. A nossa sugestão é estudar a linguagem do palhaço, para que ela te fortaleça e seja o empurrãozinho para continuar o trabalho.

 

Hipótese 3: Você é estudante de áreas da saúde e quer experimentar o hospital a partir do nariz de palhaço

Os últimos anos da faculdade vem chegando e você ainda não sabe como conversar com um paciente. Ou como descobrir o que ele tem sem ser indelicado. Eis a máscara do palhaço, que te oferece uma permissão e uma empatia quase instantâneas!

Muitos jovens estudantes desejam saber como é estar em um hospital e se relacionar com as pessoas ali, mas querem a proteção do nariz vermelho. Daí que a linguagem do palhaço vira um meio, e não um fim, para obter o que querem. Também tem quem conheça um hospital no interior sem nenhuma ação de humanização – e isso é uma falha, segundo as aulas teóricas na faculdade. A gente entende.

E se você é um daqueles que acha que os Doutores da Alegria são médicos, você não está sozinho. Mas a verdade é que nossos atores e atrizes apenas se inspiram na figura médica e fazem uma paródia para criar a figura do besteirologista. Bem, nossa dica é procurar uma liga ou projeto de extensão da faculdade (muitas já tem) e tirar suas dúvidas.

Hipótese 4: Sua igreja está precisando de voluntários em hospitais

Algumas igrejas se dedicam a prestar assistência religiosa e social através da capelania em hospitais. Apesar de a ação ser praticada sem a necessidade da linguagem do palhaço, muita gente acredita que ela favorece a evangelização, justamente pela empatia que a máscara traz.

Definitivamente esta não é a nossa intenção e acreditamos que os princípios do palhaço não devem se prestar à prática religiosa. Maaaaas tá aí o livre arbítrio pra dizer que você faz o que julgar melhor, tá bom?

Hipótese 5: Alguém disse que você é engraçado

Ah, acontece, vai! Você é daqueles que fazem todo mundo rir? Improvisa muito bem? Ou é só o tiozão do #pavêoupácumê?

Se você tiver uma veia cômica aguçada, tá na hora de buscar um curso que aprimore seu talento.
Aqui no Doutores, nossos palhaços têm formação em Artes Cênicas e, especificamente, na linguagem do palhaço. Dá uma olhada aqui pra ver cursos profissionalizantes que eles fizeram. A gente também tem uma Escola com cursos para quem já tem um pé na arte. Quem sabe essa seja a sua profissão?

Pra entrar no elenco, é como em qualquer outro processo seletivo. Abre de vez em quando (quando precisamos) e tem etapas como o envio de currículo e oficinas.

E aí, faltou alguma hipótese?

Se ser um Doutor da Alegria estiver em suas resoluções de começo de ano, procure pensar o motivo. Se você realmente quer se dedicar a isso, há muitos grupos que fazem um trabalho semelhante ao nosso e que recrutam voluntários.

Ah, e enquanto esse texto foi escrito, chegaram 3 e-mails, 14 mensagens na página do Facebook, 6 directs em nosso Instagram e 2 ligações. Alguém aí se voluntaria a responder toda essa gente?

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Politica de privacidade

LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD

Considerando que:

I – DOUTORES DA ALEGRIA é uma associação civil sem fins lucrativos, e tem como propósito “intervir na sociedade propondo a arte como ‘mínimo social’ para crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social, privilegiando hospitais públicos e ambientes adversos, tendo a linguagem do palhaço como referência. A partir desta intervenção, ampliar canais de diálogos reflexivos com a sociedade, compartilhando o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas, contribuindo para a promoção da
cultura e da saúde e inspirando políticas públicas universais e democráticas para o desenvolvimento social sustentável”


II –
Esta política de privacidade, foi elaborada nos termos da Lei no 13.709, de 14 de agosto de 2018 e tem por objetivo a proteção dos dados pessoais que são coletados e gerados quando você se relaciona de alguma forma com a associação DOUTORES DA ALEGRIA. Além disso, explica como seus dados pessoais são usados, compartilhados e protegidos, quais opções você tem em relação aos seus dados
pessoais e como você pode nos contatar.

1. A quem se aplica?

Se você está lendo este documento, esta política se aplica a você. As orientações
mencionadas se aplicam aos dados coletados de parceiros, doadores, alunos,
prestadores de serviços, associados, fornecedores, sócios da alegria, público em
geral, diretores, conselheiros, consultores, empregados da associação DOUTORES
DA ALEGRIA.

2. Definições e termos:

Alguns termos que irão ajudar você a entender todas as orientações desta política:

Tipos de dados:

Dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável;

Dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso,
filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou
biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;

Dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de
seu tratamento;

Banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou
em vários locais, em suporte eletrônico ou físico;

Titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de
tratamento;

Uso dos dados

Acesso: Ato de ingressar, transitar, conhecer ou consultar a informação, bem como possibilidade de usar os ativos de informação de um órgão ou entidade, observada eventual restrição que se aplique;

Armazenamento: Ação ou resultado de manter ou conservar em repositório um dado;

Arquivamento: Ato ou efeito de manter registrado um dado embora já tenha perdido a validade ou esgotado a sua vigência;

Avaliação: Analisar o dado com o objetivo de produzir informação;

Coleta: Recolhimento de dados com finalidade específica;

Controle: Ação ou poder de regular, determinar ou monitorar as ações sobre o dado;

Difusão: Ato ou efeito de divulgação, propagação, multiplicação dos dados;

Distribuição: Ato ou efeito de dispor de dados de acordo com algum critério estabelecido;

Eliminação: Ato ou efeito de excluir ou destruir dado do repositório;

Extração: Ato de copiar ou retirar dados do repositório em que se encontrava;

Processamento: Ato ou efeito de processar dados visando organizá-los para
obtenção de um resultado determinado;

Produção: Criação de bens e de serviços a partir do tratamento de dados;

Recepção: Ato de receber os dados ao final da transmissão;

Reprodução: Cópia de dado preexistente obtido por meio de qualquer processo;

Transferência: Mudança de dados de uma área de armazenamento para outra, ou
para terceiro;

Transmissão: Movimentação de dados entre dois pontos por meio de dispositivos
elétricos, eletrônicos, telegráficos, telefônicos, radioelétricos, pneumáticos, etc.;

Utilização: Ato ou efeito do aproveitamento dos dados.

3. Princípios Gerais sobre o tratamento de dados pessoais adotados pela associação DOUTORES DA ALEGRIA:

•  Os titulares de dados pessoais sempre serão informados sobre quais dados
serão coletados e sua finalidade;
•  Os dados pessoais serão utilizados somente mediante autorização formal
de seus titulares;
•  Somente serão solicitados os dados pessoais de principal relevância para
o projeto previamente estabelecido e limitados a ele;
•  Os dados pessoais serão mantidos corretos e atualizados pelo período
necessário de acordo com sua finalidade;
•  O banco de dados pessoais será mantido em local protegido e seguindo os
mais rigorosos protocolos de segurança;
•  A identidade dos titulares de dados será preservada, principalmente
tratando-se de dados sensíveis;
•  Os titulares de dados pessoais podem a qualquer momento solicitar a
correção, atualização ou exclusão de seus dados da nossa base.

4. Quem é o responsável pelo tratamento de seus dados?

A associação DOUTORES DA ALEGRIA é a responsável legal pelo armazenamento
e eventual tratamento, bem como pela segurança de todos os dados coletados.

Mesmo em projetos e ações que sejam viabilizados em cooperação ou parceria com outras organizações e empresas, nos quais a responsabilidade pode ser dividida, os princípios gerais desta política são mantidos.

5. Quais dados coletamos e por quais motivos?

Coletamos, processamos e arquivamos as seguintes categorias de Dados Pessoais
sobre você:

6. Como armazenamos e quem tem acesso aos seus dados? Armazenamento

Seus dados pessoais (incluindo dados sensíveis) são armazenados seguindo
as medidas de segurança apropriadas para impedir que suas informações sejam
acessadas ou processadas para fins que não estejam de acordo com nossas práticas de inclusão e diversidade.

Acesso
Os bancos de dados utilizados para armazenamento possuem acesso restrito aos nossas trabalhadores e empregados e /ou parceiros que tenham um motivo legítimo e justificável para acesso e/ou tratamento de seus dados pessoais.

7. Por quanto tempo mantemos seus dados pessoais?

Suas informações pessoais serão mantidas pelo tempo que for necessário para
cumprir as finalidades estabelecidas nesta política de privacidade (a menos que um período de conservação mais longo seja exigido pela lei aplicável).

8. Quais são seus direitos em relação aos dados pessoais?

Quando necessário você receberá um documento de consentimento da associação DOUTORES DA ALEGRIA, se estiver de acordo, deve assinar ou autorizar virtualmente.
Além disso, você tem os seguintes direitos em relação aos seus dados pessoais:

9. Aperfeiçoamento da Política de Provacidade

A associação Doutores da Alegria compromete-se a periodicamente revisar e
aperfeiçoar a presente política, além de dar ampla visibilidade a este documento,
mediante a publicação do mesmo no site da organização.

10.Base legal utilizada

Esta Política de Privacidade foi baseada na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei no 13.709/2018 e orientações do Guia de Boas Práticas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais realizado pelo Governo Federal.

11.Outras Informações

Dúvidas a respeito da aplicação desta Política e da adequação de qualquer conduta relativa a dados pessoais deverão ser enviadas para o e-mail
doutores@doutoresdaalegria.org.br

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