.
Para melhor visualização do site, utilizar navegador Google Chrome.
Gabriela Caseff
Editora do Blog. Atua na comunicação da Doutores da Alegria desde 2011 e é repórter na Folha de S.Paulo
Se você soubesse que o uso de música ao vivo em neonatais acalma a frequência cardíaca de recém-nascidos e reduz consideravelmente a sua estadia no hospital, consideraria que a arte é uma poderosa contribuição à saúde?
Foi com o propósito de conscientizar o parlamento e a sociedade sobre o impacto que a arte pode trazer para a saúde que foi formado, em 2014, o Grupo Suprapartidário para Artes, Saúde e Bem-Estar do Reino Unido. Em 2017, a comissão lançou um relatório de quase 100 páginas (em inglês) com pesquisas, análises e recomendações para melhorar as políticas e práticas públicas neste sentido.
O enigma era o seguinte: por que as artes na saúde e na assistência social são tão pouco apreciadas e postas em prática se há tantas evidências de sua eficácia? O Grupo identificou uma série de barreiras ao seu reconhecimento e adoção:
“As organizações com projetos de inserção na arte na saúde muitas vezes não fazem boas avaliações de impacto que demonstrem o retorno sobre o investimento. Também é justo dizer que a retirada em grande escala do financiamento impediu genuinamente as organizações de permanecerem disponíveis para apoiar serviços de saúde e sociais.”
Se a realidade de investimento em arte e saúde parece cruel no Reino Unido, aqui no Brasil o cenário é desanimador. Há poucos mecanismos de financiamento – entre eles, a Lei Rouanet –, não há uma cultura forte de doações pessoais e a arte constantemente precisa provar seu valor.
Doutores da Alegria, que tem como atividade principal levar a arte de palhaços profissionais para crianças hospitalizadas, tem conseguido manter suas atividades de forma equilibrada há 27 anos e figura entre as organizações com mais apoio e empatia da sociedade brasileira, além de reconhecimento internacional. Um oásis tupiniquim.
“Os maiores desafios para os sistemas de saúde e de assistência social vêm do envelhecimento da população e da prevalência de doenças para as quais não há curas óbvias.”
Neste sentido, a arte pode trazer uma contribuição significativa para lidar com estes desafios. Entre as recomendações do relatório da comissão inglesa para incluir as artes na saúde pública estão a inserção do tema em cursos de Medicina ou Enfermagem e de Artes, o financiamento de pesquisas sobre arte e saúde em conselhos de pesquisa e uma estratégia governamental para implementar ações que incluam a arte em políticas públicas.
Parece um bom começo. E tem muitas iniciativas inspiradoras: um hospital de Londres é certificado como museu por expor diversas obras de arte – de quadros que se movem a esculturas contemporâneas.
No Canadá, o Museu de Artes Plásticas de Montreal já oferece ingressos a médicos, para que sejam repassados a seus pacientes como parte do tratamento de saúde. Aqui no Brasil, estamos engatinhando.
E se a história da música para recém-nascidos ainda não te convenceu de que a arte pode ser fundamental em hospitais, quem sabe estas imagens deem um empurrãozinho?
arte besteirologista canal dos Doutores no Youtube choro ciclo de palestras Conta Causos coronavírus Delivery Besteirológico despedida Doutores da Alegria encontro encontro Escola Escola Doutores da Alegria espetáculo histórias de hospital homenagem homenagem hospital live médico música música palhaço palhaço palhaços em rede palhaços em rede pandemia plateias hospitalares Programa de Formação de Palhaço para Jovens quarentena Raul Figueiredo Raul Figueiredo reflexão reflexão relatório Rio de Janeiro saudade saúde saúde teatro teatro visita virtual Wellington Nogueira Wellington Nogueira
De parabéns todos os doutores da alegria pela iniciativa e a disponibilidade do tempo de cada um em poder dar o seu melhor ao outro e a si mesmos. Que troca maravilhosa e como faz bem fazer o bem e em simplesmente em amar indistintamente.