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Doutores da Alegria
Recifense geralmente não tem problema com autoestima. Na verdade, ser bairrista é praticamente uma característica coletiva – não só de quem nasceu, mas de quem, por algum motivo, adotou Recife como cidade do coração. Talvez tenha a ver com a natureza exuberante, a diversidade e riqueza cultural ou a capacidade agregadora do povo. Ou com tudo isso junto e misturado.
Quem visita a cidade logo percebe que recifense – pernambucano como um todo, mas aqui especificamente o recifense – adora usar os títulos de “o melhor” e “o maior do mundo”. O Galo da Madrugada? O maior bloco de carnaval do mundo! A mais longa avenida em linha reta do Brasil? Tem gente que vai jurar que é a Avenida Caxangá, uma das principais vias da cidade.
Alguns desses “troféus” já foram verdade, outros só compõem o imaginário popular do pernambucano. Então imagina só quando o orgulho tem toda razão de ser?! Quando Recife é a única cidade do Nordeste com uma sede do Doutores da Alegria? E que o trabalho está completando 15 anos de uma trajetória com muitas histórias lindas para contar?
Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria, conheceu Recife em 1998. “Fiquei encantado com a riqueza da cultura popular do estado. Já voltei pensando que não poderia construir a história do Doutores da Alegria sem que fôssemos influenciados por essa cultura tão importante, de humor e irreverência peculiares. Descobri, pouco tempo depois, a capacidade de mobilização social do Recife, um dos lugares mais socialmente engajados do país”, conta Wellington. Tão vendo que o bairrismo pernambucano pega mesmo?
A história no Recife começou no Hospital da Restauração (HR) e no Barão de Lucena – que, por coincidência, fica justamente na Avenida Caxangá! Logo depois vieram o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Procape. Só em 2017, os palhaços recifenses fizeram 33.816 intervenções artísticas junto a pacientes, seus acompanhantes e profissionais de saúde.
Como esses hospitais são referência em diversas áreas, Oncologia, por exemplo, muitos pacientes atendidos no Recife são, na verdade, de várias cidades do interior e até de estados próximos. Fica até difícil “medir” o impacto de toda essa besteirologia. Mas é certamente o maior do mundo! Quem aí é besta de duvidar?
Para além das intervenções habituais nos hospitais, os palhaços também criaram espetáculos – Poemas Esparadrápicos (2005), Dramalhaço (2006) e Palhaços em ConSerto (2010); colocaram na rua – e nos hospitais – um bloco de carnaval: o Bloco do Miole Mole, que sai na quinta-feira antes do carnaval oficial do Recife, e o Miolinho Mole, que leva o frevo às crianças internadas; arrastaram as sandálias de couro no São Joãozinho, com direito a sanfona, zabumba e triângulo; comemoraram as boas novas com o Auto de Natal; decidiram ocupar a cidade com bikes no passeio mais bobo do mundo – o Bobociclismo; e, pasmem, se aventuraram até pelas águas do Rio Capibaribe ano passado – calma, não nadando, passeando de catamarã. Aí também era demais, né?
Este é só o primeiro post de uma série para comemorar o melhor aniversário besteirológico de 15 anos de todos os tempos! Vocês querem saber de alguma história em especial? Conta nos comentários quais as dúvidas e curiosidade sobre Doutores da Alegria no Recife que a gente vai tentar responder!
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